Kepler e Tico Brahe
" Entre Holp e eu havia uma competição secreta...Ele odiava-me abertamente e andou comigo ao murro duas vezes(...) Secretamente Molitor também tinha aversão por mim, mas esse tinha um motivo válido.Uma vez, fiz queixa dele e de Wieland...os meus hábitos idiotas e os meus disparates fizeram de Brauland um inimigo.Os meus hábitos enojavam-no a ele e a mim...Huldenreich afastou-se logo ao princípio por falta de confiança e por causa das minhas censuras imprudentes. (...) Estimulei várias vezes toda a gente contra mim por culpa própria: em Adelberg por deslealdade". E por aí fora. A vida inteira de misérias em auto-retrato , eis a "Auto-Análise" de Johanes Kepler ( 1571-1630). Escrito para justificar a influência dos planetas na sua vida e no seu comportamento e não seguramente para ser tornado público. A fazer lembrar as notas autobiográficas de Rousseau ou, ainda mais, a introspecção de Dostoiveski. Isto tudo a propósito de uma investigação curiosa que pretende provar que o famoso astrónomo foi o assassino do não menos famoso ( mas menos conhecido, excepto para quem já visitou a Dinamarca,onde é herói nacional) Tico Brahe ( 1546-1601) ( "Intriga Cósmica", Lisboa, Aletheia, 2006) . Kepler foi assistente de Tico , na corte do Imperador Rodolfo II, e a história da relação entre ambos - e sobretudo a fascinante avaliação que Kepler fazia de si próprio- vale bem a leitura deste livro .
2 Comentários:
nada te espante, sólo Dios basta (Santa Teresa de Avila)
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