terça-feira, fevereiro 28, 2006

Atlântico

A revista Atlântico que publicou agora o seu número 12 tenta ser um mensário de opinião ideológicamente comprometido com a direita liberal. A revista tem excelentes colaboradores ( Rui Ramos, Vasco Rato, João Marques de Almeida, Bernardo Pires de Lima ) e outros menos excelentes. Graficamente é cuidada, embora pudesse tornar-se mais fácil de ler. O desafio é corajoso. Mas terá leitores que a sustentem ? Ou pelo contrário viverá do BCP e dos outros (poucos) anunciantes ? Se assim for não durará muito. A questão está em saber que tipo de leitor a revista pode conquistar. O último número é um bom exemplo : um texto bom para três assim assim . Ao lado de um bom texto de Rui Ramos que põe o dedo na ferida ( estar à direita por onde passa o liberalismo) surge uma crónica irritante de Vítor Cunha estilo "fui a Veneza e desejei não mais voltar a Portugal" uma outra "já vista" de Pedro Lomba que conclui com a ladaínha do " Estado papão " e ainda outra , patética , de Maria Filomena Mónica que agora decidiu explorar o filão da autobiografia . E poderia continuar: belo texto de Carla Quevedo sobre a blogosfera ( simples e bem escrito) em confronto com uma pequeno ajuste de constas do director do Público com o Expresso e o DN. O resto é tudo muito "soft", um bocadinho "snob" e sem grandes golpes de asa. Ou a revista opta por um registo mais agressivo e por ventura mais polémico ou arrisca-se a ser uma espécie de Vértice à direita . E para isso não acredito que a torneira do BCP se mantenha aberta ...

4 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Concordo em geral com o comentário.Mas acho injusto que não tenha nomeado o artigo de Adolfo Mesquita Nunes.

De resto, o Prof. Rui Ramos é mesmo a estrela da companhia. E tem toda a razão para a Prof. Maria Filomena Mónica: já se começa a esgotar a paciência.

Cumprimentos

JPDCC

12:40 da tarde  
Blogger Ricardo Leite Pinto disse...

Está completamente errado. Não avalio os outros pelo modo como me avalia : bons e maus em função do posicionamento político-ideológico E quanto ao ser de esquerda ou direita não sei se Mr. D é de esquerda nem o meu caro sabe se eu sou de Direita.Suposições e aparências é que há mais na " net".
Saudações

1:09 da tarde  
Blogger A.Teixeira disse...

Gostei da apreciação feita à revista: sóbria e suave - por isso pouco blogosférica!

Embora não muito propensa - a atentar nas promoções à revista que li espalhadas por blogs diversos - a criar amigos por estes espaços...

Um abraço

A.Teixeira

7:46 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Simpatico lema de Santa Teresa de Avila

10:29 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial